Apresentação de Resultados da Campanha de Escavações Arqueológicas no Castro de Salreu

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A segunda campanha de escavações arqueológicas no Castro de Salreu, revelou indícios de uma muralha em redor da povoação e de uma construção habitacional com cerca de 2.300 anos.

Os resultados da segunda fase de escavações foram apresentados a 12 de agosto, na escola da Sr.ª do Monte, em Salreu, segundo o presidente do Centro de Arqueologia de Arouca, António Manuel Silva, são “bastante interessantes” por irem além dos objectos que já tinham sido identificados. “Este ano encontrámos indícios claros de uma espécie de muralha que circundava o castro, mas principalmente o resto de uma estrutura que supomos habitacional com base em pedra, uma cabana redonda de uma construção típica dessa época neste género de povoados”, afirmou  António Manuel Silva.

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Os trabalhos prosseguem agora em termos de catalogação, com novos esforços no terreno “em princípio só no verão de 2017”.

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António Manuel Silva explicou que o Castro de Salreu, com uma área total de cerca de 1,5 hectares, é “um povoado proto-histórico, pré-romano, portanto um povoado das populações locais aqui desta região do Beira-Vouga, que aqui viviam antes da conquista romana”. “É um dos muitos castros que existem na região e no Norte do país, são milhares. Tem algumas circunstâncias relativamente interessantes. É um castro litoral, atlântico, está na foz do Antuã, que na altura era mais aberta do que é agora, e é também um castro indígena, o que quer dizer que não temos vestígios de ocupação romana”, declarou o investigador.

 

 

 

António Manuel Silva realçou que a ausência desses vestígios significa que os habitantes “provavelmente abandonaram-no e foram para outro local”, não havendo nem registos escritos anteriores à presença romana nem sinaisde adaptação à cultura dos mesmos.

 

Os primeiros trabalhos arqueológicos tiveram lugar em 2011, tendo os trabalhos da segunda fase decorrido “durante três semanas do mês de Julho, envolvendo dezena e meia de arqueólogos, técnicos de Arqueologia e especialmente voluntários, na sua maioria estudantes, dois deles vindos expressamente do Brasil”.

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